INSTRUÇÃO
NORMATIVA SDA/N.º 53, DE 16 DE AGOSTO DE 2002
O SECRETÁRIO DE DEFESA
AGROPECUÁRIA - SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, inciso IV
do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº
574, de 8 de dezembro de 1998, considerando a necessidade de instituir
medidas que normatizem a industrialização de produtos de origem animal,
garantindo condições de igualdade entre os produtores e assegurando a
transparência nos processos de produção, processamento e comercialização,
bem como padronizar os processos de elaboração dos produtos de origem
animal, e o que consta do Processo nº 21000.000130/2001-10, resolve:
Art. 1º Aprovar o
Regulamento Técnico para Fabricação, Funcionamento e Ensaios de Eficiência
de Tanques Refrigeradores de Leite a Granel, conforme consta dos Anexos
desta Instrução Normativa.
Art. 2º Esta Instrução
Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
RUI
EDUARDO SALDANHA VARGAS
ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO PARA
FABRICAÇÃO, FUNCIONAMENTO E ENSAIOS DE EFICIÊNCIA DE TANQUES
REFRIGERADORES DE LEITE A GRANEL
1. Alcance
Este Regulamento Técnico
Nacional especifica determinadas exigências para o projeto, construção e
desempenho de tanques refrigeradores para leite a granel e os respectivos métodos
de teste.
2. Âmbito de Aplicação
Este Regulamento Técnico
Nacional se aplica a tanques refrigeradores para leite a granel, com
controle automático, destinados à instalação fixa em fazendas ou pontos
de coleta de leite, e se aplica somente a tanques de duas ordenhas (24h) ou
de quatro ordenhas (48h).
3. Referências
- ISO 5149 de 1993 que
substituiu a ISO/R 1662: Instalações de refrigeração - Exigências de
segurança.
- ISO 1992/2: Gabinetes
refrigerados comerciais - Métodos de teste - Parte 2: Condições gerais de
teste. Código dos princípios referentes a leite e derivados de leite,
Normas Internacionais e métodos padrões de amostragem e análise para
derivados de leite; Sétima edição 1973, Programa Conjunto da Organização
para Alimentos e Agricultura/Organização Mundial da Saúde para Normas
Referentes a Alimentos, Comissão de Códigos Alimentares.
- Norma Francesa (NFU
36-101), de setembro de 1987 - Refroidisseurs de lait en vrac.
- IEC 60529, revisão/edição
2001 - Degrees of Protection Provided
by Enclosures (IP Code).
4. Definições
Para os fins deste
Regulamento Técnico Nacional, as seguintes definições serão aplicáveis:
4.1. Tanque refrigerador de
leite a granel: equipamento para refrigeração a granel e armazenagem a
granel de leite cru fresco.
4.2. Controle automático:
mecanismo através do qual o equipamento funciona, sob condições
operacionais normais, sem requerer a ação no operador.
4.3. Tanque atmosférico:
tanque cujo corpo interno é projetado para operar sob pressão atmosférica.
4.4. Tanque a vácuo: tanque
cujo corpo interno é projetado para operar a uma pressão abaixo da pressão
atmosférica.
4.5. Agitador: dispositivo
para misturar o leite e promover transferência de calor e garantir
distribuição uniforme da gordura do leite.
4.6. Posição de referência:
a posição especificada pelo fabricante para a correta instalação e operação
do tanque.
4.7. Volume máximo:
volume até o qual o receptáculo interno, em sua posição de referência
e sem agitação, pode ser cheio sem que haja extravasamento.
4.8. Volume nominal: volume
de enchimento máximo permissível do tanque, especificado pelo fabricante.
4.9. Sistema de refrigeração
direta: sistema de resfriamento no qual o evaporador do sistema de refrigeração
está em contato térmico direto com o leite ou o corpo interno.
4.10. Sistema de refrigeração
indireta: sistema de resfriamento no qual o calor é transferido do leite
para o refrigerante através de um meio de resfriamento.
4.11. Tanque com banco de
gelo: tanque com um sistema de resfriamento indireto no qual o meio de
resfriamento é a água e se estabelece gelo no evaporador.
4.12. Ordenha: quantidade de
leite que, em uma operação de ordenha, é acrescentado ao tanque.
4.13. Tanque de duas
ordenhas: tanque que deverá resfriar 50% da sua capacidade nominal dentro
das especificações deste Regulamento.
4.14. Tanque de quatro
ordenhas: tanque que deverá resfriar 25% da sua capacidade nominal dentro
das especificações deste Regulamento.
4.15. Condições
operacionais normais: estado durante o qual o tanque está em uso para o
resfriamento e armazenagem de leite, de acordo as exigências de seu
projeto, em que todos os acessórios estão funcionando efetivamente.
4.16. Atmosfera ambiente:
atmosfera ao redor do tanque e em frente ao condensador resfriado a ar da
instalação de refrigeração.
4.17. Temperatura ambiente:
temperatura média da atmosfera ambiente. [Veja item 15.1]
4.18. Temperatura de
desempenho (TD): temperatura ambiente a ser usada quando da medição do
tempo de resfriamento do leite.
4.19. Temperatura operacional
de segurança (TOS): limite superior da faixa de temperaturas ambientes nas
quais o equipamento deve funcionar de forma eficaz.
4.20. Temperatura inicial:
temperatura média do leite a ser resfriado no momento de sua entrada no
tanque.
4.21. Temperatura de
armazenagem: temperatura média até a qual a temperatura do leite a ser
resfriado é reduzida para armazenagem.
4.22. Tempo de refrigeração:
tempo necessário para resfriar uma ordenha da temperatura inicial para a
temperatura de armazenagem, incluindo o período de entrada no tanque.
4.23. Ciclo de refrigeração:
período entre duas coletas sucessivas de leite. Para tanques de duas
ordenhas, o ciclo de resfriamento é 24h. Para tanques de quatro ordenhas, o
ciclo de resfriamento é 48h.
4.24. Consumo específico de
energia: consumo de energia em watt/hora por litro de leite resfriado,
medido como o consumo médio de todos os componentes (excluindo limpeza)
durante um ciclo de resfriamento, sob as condições de testes apropriadas
para a classe de desempenho.
Para os fins dos métodos de
teste, as seguintes definições adicionais também serão aplicáveis:
4.25. Leite: produto obtido
da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas
leiteiras sadias. O leite de outras espécies deve denominar-se segundo a
espécie da qual proceda.
4.26. Água: água que
satisfaça as exigências especificadas nas Normas Internacionais para água
potável da Organização Mundial da Saúde.
4.27. "Água para
teste": água usada para fins de teste, em lugar do leite.
Observação: o tempo de
refrigeração para a água é similar ao do leite.
4.28. "Volume de água
para teste": é o volume de água que terá sua temperatura reduzida a
4°C.
4.29. Enchimento: volume de
leite (ou de "água para teste") no tanque, que terá sua
temperatura reduzida a 4°C.
4.30. Temperatura do leite
(ou "água para teste"): temperatura média do leite (ou "água
para teste") em um determinado momento. [Veja item 15.5].
4.31. Ponto crítico de calor
do leite (ou "água para teste"): temperatura máxima do leite (ou
"água para teste") em um determinado ponto durante a armazenagem.
5. Materiais
O corpo interno e todos os
acoplamentos que estejam ou possam estar em contato com o leite deverão ser
fabricados com aço inoxidável AISI 304 ou aço inoxidável austenítico, não
magnético, com a quantidade de cromo não inferior a 18% e a de níquel não
inferior a 8%.
Todas as juntas deverão ser
soldadas e retificadas e ter resistência mecânica e resistência à corrosão,
no mínimo, iguais às do metal base.
Superfícies em aço inoxidável
deverão ter rugosidade superficial Ra < 1,0 mm,
onde Ra é o coeficiente de rugosidade da superfície.
Os materiais usados para vedação
deverão ser atóxicos, resistentes à gordura, agentes de limpeza e
desinfecção, em condições normais de dosagem e temperatura, e não deverão
contaminar o leite.
6. Construção
6.1. Instrução Geral
O tanque e os equipamentos
associados deverão ser projetados de maneira a fornecer resistência mecânica
suficiente para permitir seu transporte e manuseio e proporcionar uma operação
satisfatória e segura sob condições normais. Também deverão ser construídos
de forma a evitar qualquer contaminação do leite e qualquer corrosão dos
materiais constitutivos e de maneira tal que a limpeza, desinfecção e
inspeção sejam realizadas sem dificuldade.
6.2. Corpo interno
O corpo interno também deverá
ser projetado de forma que o volume nominal seja 90 a 95% do volume máximo
(veja item 4).
Nenhum canto interno do corpo
interno, que forme um ângulo inferior a 2,36 radianos (135°), deverá ter
raio inferior a 25 mm (veja figura 1). Todos os demais cantos do corpo
interno não deverão ter raios inferiores a 3 mm.
Todos os componentes que
estejam permanentemente acoplados dentro do corpo interno deverão ser
soldados a ele. As soldas não deverão ter raios inferiores a 6 mm e os ângulos
não deverão ser inferiores a 1,57 radianos (90º). Qualquer componente que
não satisfaça estas exigências deverá ser removível.
Se o tanque apresentar
equipamento automático ou semi-automático de limpeza, deve-se tomar
cuidado para garantir que todas as superfícies internas do corpo interno
serão efetivamente limpas quando o equipamento for usado em conformidade
com as instruções do fabricante.
Se o tanque for equipado com
um dispositivo para medição do volume de leite por meio de referência a
medidas lineares, em conformidade com os regulamentos das autoridades
pertinentes, o corpo interno será construído e apoiado de tal maneira que
fique rígido e livre de deformação sob condições normais de transporte
e uso.
Exemplos de cantos internos
inferiores
a 2,36 radianos (135º) com
raio R
6.3. Corpo externo
A caixa externa será rígida,
deverá evitar o ingresso de água e deverá ter escoamento livre.
6.4. Isolamento térmico
O meio isolante não deverá
se assentar no fundo e não deverá estar sujeito a deslocamento durante o
transporte ou a manutenção.
Medidas adequadas devem ser
tomadas com a finalidade de garantir que o isolamento térmico satisfaça,
permanentemente, as exigências do item 11.4.
6.5. Suportes
Um tanque que não é
projetado para montagem em uma base sólida deverá ser montado com suportes
ou pés ajustáveis para que possa ser colocado em sua posição de referência
quando instalado em um piso com um grau de inclinação que não exceda 1
por 50, em qualquer direção, na medida em que a queda do piso entre os
suportes não exceda 50 mm.
A distância entre o tanque e
o piso deverá ser tal que a base do tanque (com exceção dos suportes ou pés
e do tubo de descarga), quando instalado em um piso horizontal, deverá
ficar situada acima de dois planos imaginários que tenham um grau de
inclinação de 1 por 10 com a horizontal, a linha de interseção sendo
horizontal 100 mm acima do piso (veja figura 2). Para a distância entre a
descarga e o piso, veja item 6.9.
Se o tanque for projetado
para ser montado em uma base sólida, as exigências acima não serão aplicáveis,
mas deve-se tomar precaução para garantir que não entrará água entre o
tanque e a base.
Distância entre o tanque e o
piso
6.6. Tampas
Um tanque deverá ter uma ou
mais tampas justas e autodrenantes que se encaixem na (s) abertura (s) do
corpo interno e tenham bordas voltadas para baixo. As tampas deverão
permitir a fácil inspeção e amostragem do leite.
O tanque deverá ser construído
de forma que possa ser cheio sem a necessidade de remoção da (s) tampa (s)
acima.
Qualquer ponte ou cantoneira
necessária, sustentada pelo corpo interno, deverá ser soldada a ele, ser
provida de bordas voltadas para cima com, no mínimo, 10 mm de altura e
deverá ter inclinação para a drenagem sem atingir o receptáculo interno.
Todo componente que for permanentemente acoplado à ponte deverá ser
soldado a ela.
Todas as aberturas na tampa
e/ou pontes deverão ter uma borda voltada para cima com, no mínimo, 5 mm
de altura para aberturas de até 70 mm de diâmetro ou, no mínimo, 10 mm de
altura para aberturas com mais de 70 mm de diâmetro. Para todas as
aberturas, deverá haver uma tampa ou defletor de sobreposição.
As tampas dos tanques
projetados para serem limpos manualmente deverão ser construídas de forma
que possam ser abertas para possibilitar a fácil limpeza manual de todas as
partes. No caso de tampas com dobradiças, as mesmas deverão ser providas
de suporte seguro para a posição aberta. Quando apropriado, deve-se prover
meios para garantir a segurança do operador durante a limpeza.
As tampas dos tanques
projetados para serem limpos por meio de métodos não manuais deverão
permitir a inspeção de todas as partes que possam vir a ter contato com o
leite. Estes tanques não podem ter menos que uma abertura com dimensões,
no mínimo, equivalentes a uma elipse de 400 mm x 300 mm.
Pequenos tanques, em que a
maior dimensão interna do corpo interno (incluindo a diagonal) não exceda
700 mm, deverão ter, pelo menos, uma abertura com um diâmetro de, no mínimo,
180 mm.
6.7. Agitador
O dispositivo de agitação
deve ser construído de forma que seja fornecida proteção contra qualquer
contaminação do leite proveniente de agentes externos.
O agitador deverá ser
protegido de tal maneira que o operador não possa ter contato com as partes
em movimento. Esta proteção pode ser fornecida como se segue:
6.7.1. Para agitadores
acoplados à tampa de tanques refrigeradores com uma força periférica
superior a 50 N e/ou uma velocidade periférica superior a 1,8 m/s na
extremidade das pás, um equipamento especial deverá ser fornecido para
desligar o agitador automaticamente quando a tampa do tanque refrigerador é
levantada. Para equipamentos nos quais o agitador não é desconectado
automaticamente quando a tampa é levantada, a tampa deverá indicar de
forma visível e clara que o agitador tem que ser desligado antes da tampa
ser aberta.
6.7.2. Não haverá nenhuma
peça saliente no eixo do agitador com a exceção das pás do agitador e
dos acessórios para o sistema de limpeza. Estas peças serão livres de
bordas afiadas.
O agitador deverá ser
projetado de forma que possa haver uma limpeza eficaz. Se o tanque tiver
equipamento automático ou semi-automático de limpeza, deve-se tomar
cuidado para garantir que o agitador será limpo de forma eficaz quando o
equipamento for usado em conformidade com as instruções do fabricante.
O ponto mais baixo através
do qual o leite poderia entrar por uma junção em um agitador deverá
estar, no mínimo, 30 mm acima do nível de leite que corresponda ao volume
máximo.
As vedações do eixo do
agitador deverão ser dimensionadas e projetadas de tal maneira que nenhum
vapor dágua condensado, óleo, graxa ou outras substâncias, que
possam causar contaminação, entrem no corpo interno.
Para exigências de
desempenho, veja o item 11.6.
6.8. Entrada de leite
Todo equipamento deve
fornecer uma abertura para a entrada de leite, com diâmetro de 40 a 210 mm,
para possibilitar a entrada manual e/ou canalizada. Todo equipamento deve
proporcionar condições de visualização para inspeção interna.
6.9. Descarregamento
Um tanque deverá ter uma
drenagem para a água de limpeza. O orifício de saída e o fundo do corpo
interno devem ser projetados de tal maneira que toda a água de limpeza
escoe para a saída.
Quando a saída é projetada
para uso também como escoamento de leite, as seguintes exigências serão
aplicáveis:
6.9.1. O ponto mais alto da
parte interna da extremidade externa da canalização de saída (veja figura
3), incluindo a válvula de descarga, será mais baixa que a parte mais
baixa do fundo do corpo interno.
Posição da saída (linhas
pontilhadas horizontais)
6.9.2. A canalização
de saída deverá ser construída com aço inoxidável e deverá ter um diâmetro
interno de 50 ± 3 mm. A canalização de saída não deverá ter mais de
uma curva e uma junta. A válvula de descarga ou a canalização de saída,
terminará com um macho, que deverá ter uma tampa. O comprimento total da
saída, a partir do final do isolamento térmico do tanque até a entrada da
válvula, deverá ter no máximo o dobro do diâmetro da canalização.
6.9.3. A distância do piso
abaixo do dispositivo de descarregamento não deverá ser inferior a 100 mm.
6.9.4. Não será permitida a
utilização do tampão e haste como dispositivo para vedação, sendo
substituído por válvula borboleta.
6.9.5. Com o tanque em sua
posição de referência e contendo 40 litros de leite, 39,8 litros, no mínimo,
devem escoar, em 1 min, por gravidade.
6.9.6. Com a finalidade de
evitar que quantidades excessivas de ar entrem quando um tanque for
projetado para a transferência rápida a partir do descarregamento, o mesmo
deverá satisfazer o teste de drenagem dinâmica constante do item 16.9.2.
Este teste não será necessário se o tanque satisfizer as seguintes condições:
- com o tanque em sua posição
de referência, todas as peças deverão ter escoamento para a saída com
uma inclinação de, no mínimo, 1 por 20 para tanques retangulares, ou 1
por 15 transversalmente ao diâmetro, através da descarga, no caso de
tanques cilíndricos verticais;
- o tanque deverá ter uma câmara
de saída circular ou elíptica de, no mínimo, 25 mm de profundidade, e um
diâmetro de, no mínimo, 100 mm e, no máximo, 200 mm (veja figura 4).
Critérios dimensionais para a
câmara de saída
6.10. Tanque a vácuo
Um tanque a vácuo deverá
satisfazer as exigências de desempenho quando submetido a um vácuo de
trabalho interno de até 80 kPa (0,8 bar), isto é, uma pressão absoluta de
aproximadamente 20 kPa (0,2 bar).
A vedação de um tanque a vácuo
deverá ser de tal maneira que, quando o vácuo no tanque for 50 kPa (0,5
bar) e o agitador estiver estacionário ou em operação, o volume de ar
admitido não seja superior a 5 l de ar livre por min.
6.11. Tanque com banco de
gelo
Um tanque com banco de gelo
deverá ser projetado de tal forma que, no caso de uma falha no controlador
do banco de gelo, o receptáculo interno e a caixa externa não sofram
nenhum dano.
O recipiente para água
resfriada deverá ter um tamanho tal que garanta que o controle do banco de
gelo e o sistema de circulação possam operar de forma satisfatória e gelo
suficiente possa ser formado para resfriar 60% do volume nominal de um
tanque de duas ordenhas, ou 30% do volume nominal de um tanque de quatro
ordenhas, de 35 a 4ºC, sem operação adicional do sistema de refrigeração.
O equipamento deverá ser
projetado de maneira a garantir que o gelo seja formado novamente, com
regularidade, sobre toda a superfície de evaporação.
Deve-se fornecer meios
adequados que permitam a inspeção do banco de gelo.
O recipiente para água
resfriada deverá ser projetado de forma que a água possa ser trocada sem
dificuldade.
7. Controles
7.1. Controle da temperatura
do leite
O equipamento para o controle
da temperatura do leite operará de forma satisfatória (veja item 11.4) com
qualquer volume que esteja entre 10% e 100% do volume nominal e a
temperaturas do leite de 0 a 35°C.
Ele também deverá ser capaz
de suportar, sem perda da calibragem, temperaturas dentro do corpo interno
de -10 a +70°C e temperaturas ambientes de -10°C até a temperatura
operacional de segurança (TOS).
Deve-se fornecer meios para
garantir que o resfriamento comece tão logo seja possível após o início
da adição da segunda e demais ordenhas.
Depois de desligado, o tanque
deverá ter temperatura de religamento no máximo de 4,0ºC, com variação
de 1ºC.
7.2. Controle do banco de
gelo
Um banco de gelo deverá ser
acoplado, a um controle independente para a unidade de condensação, que
controlará automaticamente a quantidade de gelo e operará de forma
satisfatória em temperaturas ambientes de -10°C até a temperatura
operacional de segurança (TOS), de tal maneira que, para qualquer volume de
leite entre 10% e 100% do volume nominal, o banco de gelo será adequado
para satisfazer as exigências dos itens 11.2 e 11.3.
Este controle deverá
assegurar que não haverá formação excessiva de gelo no recipiente de água
resfriada, de forma a evitar o funcionamento efetivo do equipamento.
7.3. Comando elétrico
Deverá haver pelo menos uma
chave de seleção de função que tenha marcada uma posição DESLIGADO (OFF).
Exceto quando o agitador de
leite for projetado para operar continuamente durante o resfriamento e a
armazenagem, ou quando houver retardamento automático (veja abaixo), o
agitador de leite e a unidade de condensação de um sistema de refrigeração,
ou a circulação do meio de resfriamento de um sistema indireto, deverão
operar normalmente junto com o controlador de temperatura do leite e serão
automaticamente controlados pelo mesmo. Uma chave manual substituta também
deverá ser fornecida.
Em sistemas de refrigeração
indireta, a operação da unidade de condensação será controlada
automaticamente por um controlador de banco de gelo ou um termostato do meio
de resfriamento. Uma chave manual substituta também deverá ser fornecida.
Exceto quando o tanque se
destina à coleta direta sem agitação extra antes da amostragem, uma chave
de tempo deverá ser fornecida para operar o agitador de leite,
independentemente dos demais componentes, por um período de, no mínimo, 2
min.
Pode haver um controlador de
temperatura do leite que retarde automaticamente o início do funcionamento
do agitador de leite durante o primeiro enchimento até que a temperatura do
leite seja reduzida a um valor predeterminado. Ele deverá ser projetado de
tal maneira que, quando o agitador começar a funcionar, o controle seja
reajustado automaticamente de forma a satisfazer as exigências do item
11.4.
Uma chave de tempo
intermitente pode ser acoplada para operar o agitador de leite por períodos
em intervalos predeterminados, independentemente dos demais componentes.
Deverá haver meios de operar
o agitador de leite durante a limpeza automática.
8. Equipamento de medição
8.1. Instrumento para medir a
temperatura do leite
Todo tanque deverá ter um
instrumento para medir a temperatura do leite em qualquer volume entre 10% e
100% do volume nominal.
No caso de se usar
instrumentos removíveis, os mesmos deverão ser suspensos acima do nível máximo
de leite e deverão ser de fácil acesso.
Termômetros de vidro não
deverão ser usados a não ser que tenham um estojo protetor adequado para
evitar que o leite entre em contato com o vidro.
O instrumento deverá
satisfazer as exigências do item 6.1 e deverá ser protegido de forma
apropriada para assegurar que nenhum pó ou líquido entre nele.
O instrumento deverá ser
capaz de suportar, sem perda da calibragem, temperaturas dentro do receptáculo
interno de -10 a +70°C e temperaturas ambientes de -10°C até a
temperatura operacional de segurança (TOS).
O instrumento não deverá
penetrar no corpo interno.
O instrumento deverá ter uma
escala graduada que seja de fácil leitura e deverá, preferivelmente, ser
acoplado do lado pelo qual o tanque é esvaziado. A escala de temperatura
deverá ser graduada em graus Celsius com uma divisão por grau Celsius até
12°C e deverá ser marcada de, pelo menos, 0 até 40°C. Na faixa de 2 a 12°C,
o comprimento da escala não deverá ser inferior a 20 mm. Em instrumentos
com escalas circulares, o comprimento da escala é lido ao longo de um círculo
descrito pela ponta do ponteiro ou ao longo de um círculo através das
extremidades externas dos cursos de uma divisão por grau Celsius, tomando o
que for menor. No caso de indicação digital, a altura dos algarismos não
deverá ser inferior a
6 mm.
Em temperaturas ambientes de
5°C até a temperatura de desempenho (TD) especificada, o erro do
instrumento não deverá exceder 1°C entre 2 e 12°C, quando a temperatura
do leite estiver se modificando a uma taxa inferior a 10° C/h.
8.2. Escala medidora
Se o tanque for equipado com
uma escala medidora para medir o volume de leite, a mesma deverá satisfazer
as exigências dos itens 5 e 6.1.
Cada menor divisão da escala
medidora deverá ser correspondente ao volume contido em 1 mm do leite. A
gravação na escala deverá atender à largura mínima de 0,1 mm e
profundidade máxima de 0,2 mm.
9. Equipamento de refrigeração
O equipamento de refrigeração
deverá ser protegido de forma adequada contra corrosão e deverá
satisfazer a ISO 5149, levando-se em consideração possíveis diferenças
em exigências de segurança constantes da legislação nacional.
A unidade de condensação
será selecionada de maneira tal que o sistema de refrigeração satisfaça
as exigências do item 11.2 e opere de forma satisfatória em temperaturas
ambientes entre 5°C e a temperatura de desempenho especificada (TD).
10. Equipamento elétrico
O equipamento elétrico deverá
ser capaz de garantir a operação do equipamento de refrigeração contendo
dispositivos de proteção contra descargas elétricas e variações de tensão
fora dos limites estabelecidos.
11. Desempenho
11.1. Classes de desempenho
O desempenho de um tanque será
especificado de acordo com a seguinte classificação:
11.1.1. Número de ordenhas
O numeral "2"
designa um tanque de duas ordenhas.
O numeral "4"
designa um tanque de quatro ordenhas.
11.1.2. Temperatura ambiente
Classificação
|
Temperatura de
desempenho (TD)
°C
|
Temperatura
operacional de segurança (TOS)
°C
|
A
B
C
|
38
32
25
|
43
38
32
|
11.1.3. Tempo de refrigeração
do leite
Classificação
|
Tempo de resfriamento
em horas
|
Todas as ordenhas
35 a 4°C
|
Segunda ordenha
10 a 4°C
|
I
II
III
IV
|
2,5
3,0
3,5
*
|
1,25
1,5
1,75
*
|
* O desempenho e as condições
pertinentes devem ser fornecidos pelo fabricante, por exemplo, no caso de pré-resfriamento.
11.1.4. Conteúdo de gordura
do leite
O conteúdo de gordura do
leite a ser usado nos testes de mistura do leite (veja item 21.6.2) está
apresentado como uma porcentagem. Caso não haja tal indicação, o valor é
4,0%.
11.2. Capacidade diária
O sistema de refrigeração,
quando operando em temperaturas ambientes entre 5°C e a temperatura de
desempenho (TD) especificada, deverá ter capacidade suficiente para
resfriar o volume nominal de leite em um tanque de duas ordenhas, ou 50% do
volume nominal em um tanque de quatro ordenhas, a cada 24h, de 35°C para 4°C
e extrair o calor ganho pelo tanque, proveniente de todas as outras fontes.
11.3. Taxa de refrigeração
do leite
Se um tanque de duas ordenhas
estiver vazio ou contiver 50% de seu volume nominal de leite a 4°C, e 50%
do volume nominal de leite a 35°C for adicionado de uma só vez, todo o
leite deverá ser refrigerado a 4°C dentro do tempo de refrigeração
especificado.
Se um tanque de quatro
ordenhas estiver vazio ou contiver 25, 50 ou 75% de seu volume nominal de
leite a 4°C, e 25% do volume nominal de leite a 35°C for adicionado de uma
só vez, todo o leite deverá ser refrigerado a 4°C dentro do tempo de
refrigeração especificado.
Se um volume de leite
correspondente a uma segunda ordenha for adicionado ao tanque, o volume
total de leite deverá ser refrigerado de 10°C para 4°C dentro do tempo de
refrigeração especificado.
As exigências acima serão
aplicáveis a temperaturas ambientes entre 5°C e a temperatura de
desempenho (TD) especificada.
11.4. Armazenagem de leite
Sob condições operacionais
normais, a temperatura média do leite entre os períodos de refrigeração
não poderá exceder 4°C para tanques de quatro ordenhas e 5°C para
tanques de duas ordenhas, e nenhuma parte do leite poderá exceder 9°C.
Esta exigência será aplicável para temperaturas ambientes entre 5°C e a
temperatura de desempenho (TD) especificada.
O tanque deverá ter
isolamento térmico cuja eficiência será tal que, à temperatura de
desempenho (TD) especificada, a taxa de elevação da temperatura média do
leite, inicialmente ao redor de 4°C, não exceda 1° C em 4h quando o
volume nominal fica estacionário.
11.5. Congelamento do leite
Quando o tanque contiver
entre 10% e 100% de seu volume nominal e for usado em temperaturas ambientes
entre 5°C e a temperatura de desempenho (TD) especificada, não deverá
haver formação de gelo abaixo do nível de leite nem durante a refrigeração
nem durante a armazenagem.
11.6. Agitação do leite
A operação do agitador não
deverá fazer com que o leite extravase quando o tanque contiver qualquer
volume de leite até 100% de seu volume nominal.
Quando um tanque é destinado
à coleta direta, isto é, não é necessária agitação extra antes da
amostragem, a gordura deverá estar sempre uniformemente distribuída por
todo o leite de forma que o conteúdo de gordura das amostras selecionadas
aleatoriamente no tanque, em qualquer ocasião, não seja diferente em mais
de 0,1 g de gordura para cada 100 g de leite.
Quando um tanque não é
destinado à coleta direta, o agitador deverá ser capaz de produzir uma
distribuição uniforme (veja o parágrafo anterior) de gordura dentro de,
no máximo, 2 min. Esta exigência será aplicável quando o tanque contiver
qualquer volume de leite entre 10% e 100% de seu volume nominal depois da
refrigeração a 4°C e depois de 6h de descanso. No caso de um sistema de
agitação periódica, o tempo de descanso deverá ser reduzido para o tempo
decorrido entre dois períodos sucessivos de agitação. No caso de um
sistema de agitação contínua, não é necessário nenhum tempo de
descanso.
Estas exigências de
desempenho serão alcançadas sem deterioração do leite como, por exemplo,
aquela que poderia ocorrer como resultado da formação de espuma ou
manteiga.
12. Placa de identificação
Além das placas seriais
constantes dos componentes individuais, o tanque deverá portar uma placa
claramente visível, firmemente fixada a ele, que especificará, de forma
legível e permanente, no mínimo, o seguinte:
12.1. O nome ou marca
registrada do fabricante.
12.2.Tipo e número de série.
12.3.Volume nominal expresso
em metros cúbicos ou em litros.
12.4.Respectiva (s) classe
(s) de desempenho conforme consta do item 11.1, isto é, com, pelo menos, três
símbolos sucessivos: primeiro, o número de ordenhas; segundo, a classificação
da temperatura ambiente e, terceiro, a classificação do tempo de refrigeração.
Se for aplicável, o conteúdo de gordura a ser usado nos testes de mistura
de leite será acrescentado entre parênteses. Por exemplo: 2AI, 2AI (4,5%);
BII, 4 CIV, 4 CIV (7,0%).
12.5. Identificação do
refrigerante, caso o evaporador faça parte do tanque.
13. Instruções para instalação
e manutenção periódica
Um tanque deverá ser
fornecido com instruções para instalação e manutenção periódica, que
incluirão a seguinte informação:
a) tensão, freqüência e se
é monofásico ou trifásico;
b) potência nominal, em
quilowatts;
c) consumo de energia em
Watt/hora por litro de leite resfriado sob condições operacionais normais
e, para unidades de condensação resfriadas a ar, à temperatura de
desempenho (TD) especificada; para unidades de condensação resfriadas a água,
à temperatura de condensação de 40°C;
d) capacidade de resfriamento
da unidade de condensação a uma temperatura de evaporação* especificada
pelo fabricante do tanque:
1) para unidades de condensação
resfriadas a ar, à temperatura de desempenho (TD) especificada;
2) para unidades de condensação
resfriadas a água, à temperatura de condensação de 40°C.
* A temperatura de evaporação
é a temperatura média integral do vapor saturado na extremidade do
evaporador; para sistemas de resfriamento direto, isto significa a
temperatura média integral durante o resfriamento da ordenha com a
temperatura de evaporação média integral mais baixa; para sistemas de
resfriamento indireto (tanques com banco de gelo), isto significa a
temperatura média integral durante a formação do banco de gelo.
14. Instruções de uso
Um tanque deverá ser
fornecido com instruções claras e simples para a operação segura e
limpeza eficaz. Estas instruções incluirão o seguinte:
a) se for aplicável (veja
item 6.7), uma advertência de que é essencial desligar o agitador antes da
tampa ser aberta;
b) temperatura de limpeza máxima
permitida;
c) explanação completa do
significado da (s) classe (s) de desempenho especificada (s). (Veja itens
11.1 e 12).
15. Fundamentos
15.1. Temperatura ambiente
Meça a temperatura
ambiente com uma precisão de ± 0,5°C, usando um equipamento que satisfaça
a ISO 1992/2. Proteja os sensores de temperatura da radiação inserindo
proteções de metal com superfícies altamente reflexivas, cada um deles
com massa térmica equivalente a 25g de cobre, por exemplo: um cilindro de
cobre com massa de 25 g e área externa mínima.
15.1.1. Média das
temperaturas
A temperatura, em cada
ponto medido, deverá permanecer constante dentro de ± 2°C durante todo o
período de teste. A média das temperaturas medidas permanecerá igual à
temperatura ambiente especificada dentro de ± 1°C durante toda a realização
do teste.
A temperatura média incluirá
todas as temperaturas medidas em pontos ao redor do tanque e em frente ao
(s) condensador (es).
15.1.2. Local dos pontos de
medição
Meia altura da caixa
externa, a uma distância de 100 ± 10 mm das paredes do tanque, igualmente
espaçado na periferia deste.
A uma distância de 100
± 10 mm na frente do condensador resfriado a ar e igualmente espaçado em
sua área superficial de admissão.
15.1.3. Número de pontos de
medição
Quando a maior dimensão
externa do tanque é menor ou igual a:
a) no mínimo, um ponto de
medição para cada parede lateral; ou,
b) no mínimo, quatro pontos
de medição igualmente distribuídos ao redor de tanques cilíndricos.
Quando a maior dimensão
externa do tanque está entre 2 m e 3m:
a) no mínimo, um ponto de
medição para cada uma das paredes menores; ou,
b) no mínimo, dois pontos de
medição distantes aproximadamente um metro para cada uma das paredes
maiores.
Quando a maior dimensão
externa do tanque é superior a 3m:
a) no mínimo, um ponto de
medição para cada uma das paredes menores; e,
b) no mínimo, três pontos
de medição distantes aproximadamente um metro um do outro, para cada uma
das paredes maiores.
15.1.4. Gradiente de
temperatura vertical
No máximo 2°C/m.
15.2. Movimento de ar
O tanque e a unidade de
condensação deverão estar localizados dentro da área de teste de forma
que a velocidade do ar através da unidade de condensação não seja
influenciada por fatores externos.
A velocidade do ar que toca a
parede externa do tanque, sem o funcionamento da unidade de condensação, não
deverá exceder 0,5 m/s.
15.3. Suprimento de
eletricidade
A tensão de suprimento
deverá ser aquela especificada nas instruções de uso ou na placa de
identificação do tanque ± 5%.
A freqüência deverá
ser a freqüência nominal ± 1%.
15.4. Precisão da medição
do volume
Meça o "volume de
água para teste" com uma precisão de ± 0,5%.
15.5. Temperatura do leite
(ou "água para teste")
15.5.1. Durante a refrigeração
e a mistura após a armazenagem, meça a temperatura do leite em um ou mais
pontos situados, no mínimo, a 20 mm das paredes, do fundo e da superfície
e, no mínimo, 100 mm da superfície de resfriamento.
15.5.2. Durante a
armazenagem e antes da mistura, meça a temperatura em um ponto, no máximo,
a
5 mm da superfície e também, no máximo, a 40 mm da descarga e em
outros pontos considerados necessários pela estação de teste.
15.6. Freqüência da medição
No caso de usar um medidor
que não seja contínuo, as seguintes medições deverão ser feitas:
15.6.1. Durante o
resfriamento do "volume de água para teste":
- Freqüência: pelo menos
uma vez a cada 10 min, com um mínimo de oito observações durante a
refrigeração do "volume de água para teste".
- Quantidades a serem
medidas: temperatura ambiente (veja item 15.1), temperatura do "volume
de água para teste" e leitura do medidor de quilowatt/hora.
15.6.2. No intervalo entre a
refrigeração dos "volumes de água para teste" sucessivos:
- Freqüência: pelo menos
uma vez a cada 30 min.
- Quantidades a serem
medidas: temperatura ambiente (veja item 15.1) e temperatura do "volume
de água para teste".
16. Materiais, construção e
acabamento
16.1. Instrução geral
Verifique o tanque com referência
às exigências de material, construção e acabamento especificadas neste
regulamento técnico nacional. Os resultados dos exames descritos abaixo
podem ser complementados por dados confiáveis fornecidos pelo fabricante ou
pessoa que solicitou o teste.
O acabamento e as características
operacionais devem ser avaliados por, no mínimo, dois representantes da
estação de teste, um dos quais deve ser a pessoa que ficar por mais tempo
na operação do tanque durante o teste. Deve-se dar atenção especial à
adequação do tanque para operação, inspeção da quantidade de gelo,
amostragem e limpeza.
A adequação da construção
e suporte do corpo interno, em relação à medição do volume de leite por
referência a medidas lineares, pode ser avaliada pela autoridade
competente.
16.2. Qualidade das soldas
Examine a qualidade das
soldas visualmente ou por outros meios apropriados.
A qualidade das soldas não
deverá prejudicar a limpeza dos tanques e, por sua vez, a qualidade do
leite. A superfície do local das soldas não deverá apresentar saliências
e/ou rugosidades superiores ao descrito neste regulamento.
16.3. Acabamento da superfície
Avalie o acabamento da superfície
por meio de um aparelho medidor de aspereza superficial ou usando placas
comparativas.
16.4. Raios
Verifique o raio dos cantos
usando medidores adequados.
16.5. Limpeza
Verifique se no manual de
utilização e manutenção do equipamento está descrito o procedimento de
limpeza adequado do tanque, bem como produtos e acessórios recomendados
para esta finalidade.
Se um tanque possuir
equipamento automático ou semi-automático de limpeza, verifique a eficiência
da limpeza por meio de um teste de campo, ou um teste de laboratório, ou
ambos. Verifique pelo menos se, quando o equipamento é utilizado em
conformidade com as instruções do fabricante, todas as superfícies dentro
do corpo interno estão molhadas pela solução de limpeza. O método de
teste deve ser descrito nos mínimos detalhes no relatório de ensaios e
atender aos seguintes requisitos:
a) exames microbiológicos
resultando em menos de 1 x 104 UFC (Unidades Formadoras de Colônias) por
dm2 da superfície da parede do tanque;
b) exames microbiológicos
resultando em menos de 1 x 104 UFC Total nos acessórios.
16.6. Dimensões
Verifique as seguintes dimensões:
a) distância entre o tanque
e o piso (veja item 6.5);
b) distância entre o encaixe
da saída e o piso (veja item 6.9);
c) tamanho das tampas (veja
item 6.6);
d) distância entre o
acoplamento do agitador e o nível máximo de leite (veja item 6.7);
e) diâmetro da abertura para
entrada de leite (veja item 6.8);
f) diâmetro da saída de
leite (veja item 6.9);
g) comprimento da escala do
termômetro (veja item 8.1);
h) altura dos algarismos se o
termômetro tiver indicação digital (veja item 8.1).
16.7. Proteção do corpo
externo e tampas contra a entrada de água
Em primeiro lugar, verifique
o cumprimento das exigências especificadas nos itens 6.1, 6.6 e 6.7, e
depois realize os testes descritos na publicação IEC 60529 de 2001, usando
um tanque seco e vazio com as tampas fechadas. É essencial que não entre
água no tanque.
16.8. Agitador - Medição da
força periférica
Meça esta força na
parte superior da pá, com uma precisão de ± 5%, usando uma balança de
molas.
16.9. Descarregamento do
leite
16.9.1. Teste de drenagem estático
Realize o teste três vezes.
Meça, indiretamente, o
volume de "água para teste" que escoa em 1 min, determinando o
saldo de "água para teste" remanescente no tanque. Proceda da
seguinte maneira:
16.9.1.1. Certifique-se de
que o tanque está montado em sua posição de referência.
16.9.1.2. Molhe as
paredes internas do tanque com 40 ± 0,5 l de "água para teste"
à temperatura de 2 a 20°C.
16.9.1.3. Deixe a saída
aberta por 5 ± 0,5 min e depois feche-a.
16.9.1.4. Meça 40,0
litros de "água para teste" com uma precisão de 0,1 litro,
à temperatura de 2 a 20°C, e coloque no tanque.
16.9.1.5. Deixe a saída
aberta por 1,0 ± 0,02 min e depois feche-a.
16.9.1.6. Meça, com
uma precisão de ± 0,005 litros, o volume de "água para teste"
que escoa do tanque em 5 ± 0,5 min, quando a saída é novamente aberta.
Este volume não deverá ser superior a 0,2 l [veja item 6.9 (e)].
16.9.2. Teste de drenagem dinâmico
Realize o teste duas vezes ou
mais se as observações diferirem em mais de 50%.
Determine a adequação dos
tanques projetados ao descarregamento de leite a vácuo, medindo-se a taxa
de descarregamento da seguinte maneira:
16.9.2.1. Nivele o tanque em
sua posição de referência.
16.9.2.2. Para
estabelecer o ponto de partida dinâmica de 20 litros, coloque 20 litros
de "água para teste" no corpo interno e marque um ponto na
superfície. Adicione mais 5 litros de "água para teste" e faça
uma marca para 25 litros. Coloque aproximadamente 100 litros no corpo
interno e depois faça a transferência a uma taxa de fluxo de 8 ± 0,8
litros/segundo. Quando o nível estiver na marca de 25 litros,
interrompa o fluxo na saída do tanque.
Meça o volume de
"água para teste" remanescente no corpo interno e estime uma
marca que dará um resíduo de 20 litros. Repita o teste até que resultados
repetidos sejam obtidos a 20 ± 4 litros. Este é o ponto de partida dinâmica
de 20 litros.
16.9.2.3. Coloque um total de
100 litros de "água para teste" no corpo interno, ou mais se
necessário, de maneira a garantir que as pás do agitador fiquem bem
cobertas. Ligue o agitador por, no mínimo, 2 min.
16.9.2.4. Faça a
transferência do líquido a uma taxa de fluxo de 8 ± 0,8 litros/segundo,
usando uma bomba de deslocamento positivo ou vácuo.
16.9.2.5. Interrompa o fluxo
do tanque por 7 segundos no momento em que o ponto de partida dinâmica de
20 litros é ultrapassado e desligue a bomba ou interrompa o vácuo.
16.9.2.6. Meça o
volume de líquido que escoa do corpo interno nos próximos 5 ± 0,5 min
quando a saída é novamente aberta. Se este volume for inferior a 0,2
litros ou 0,05% do volume nominal, o tanque é adequado para uso com o
descarregamento a vácuo.
16.10. Tanque a vácuo
Se a velocidade de rotação
do agitador for afetada pelo nível de vácuo no tanque, realize testes de
desempenho à velocidade do agitador correspondente à mais baixa velocidade
do agitador na faixa de vácuo de 0-80 kPa.
Crie um vácuo de 50 ±
0,1 kPa (0,5 ± 0,001 bar) com o tanque vazio. Ligue o agitador e, depois de
30 ± 0,5 min, meça o vácuo no tanque com uma precisão de 0,1 kPa (0,001
bar). Repita o teste com o agitador parado.
16.11. Falha do controlador
do banco de gelo.
Para verificar se o reservatório
de água resfriada em um tanque com banco de gelo (veja item 6.11) resistirá
ao congelamento prolongado de seu conteúdo de água, o que poderia ocorrer
se houvesse falha no controlador do banco de gelo, proceda da seguinte
maneira:
16.11.1. Estabeleça uma
temperatura ambiente de 5°C e certifique-se de que o corpo interno está
vazio.
16.11.2. Faça a conexão
conjunta dos contatos do controlador do banco de gelo.
16.11.3. Ligue a unidade de
refrigeração e deixe que permaneça em operação por 2 dias, ou até que
a água resfriada esteja congelada, ou até que a operação da unidade de
refrigeração seja interrompida por um dispositivo de segurança auxiliar
normalmente em circuito, considerando o que ocorrer primeiro.
17. Controles
17.1. Controle da temperatura
do leite
Verifique a correta operação
do termostato, o diferencial de temperatura e a consistência do
liga/desliga. Isto pode ser feito, de forma conveniente, durante os testes
de armazenagem e resfriamento (veja item 21).
17.2. Controle do banco de
gelo
Determine as quantidades máxima
e mínima de gelo correspondentes ao liga/desliga do controle do banco de
gelo. A operação do controle do banco de gelo, quando a unidade de
condensação é ligada e desligada, pode ser convenientemente observada
durante os testes de armazenagem e refrigeração (veja item 21).
18. Equipamento de medição
Verifique se o instrumento
para medição da temperatura do leite (veja item 8.1) está operando
corretamente. Esta verificação pode ser convenientemente realizada durante
os testes de armazenagem e resfriamento (veja item 21).
19. Equipamento de refrigeração
19.1. Instrução geral
Verifique se o equipamento de
refrigeração satisfaz a ISO 5149, de 1993, e, se for apropriado, qualquer
exigência de segurança que seja diferente da legislação nacional.
19.2. Tipo de refrigerante
Aceite a garantia do
fabricante de que o refrigerante usado no sistema de refrigeração durante
os testes será idêntico àquele de cada unidade a ser instalada em
fazendas, ou verifique o tipo de refrigerante na (s) unidade (s) medindo, no
mesmo ponto, a temperatura e a pressão absoluta simultaneamente em, pelo
menos, um ponto durante a fase de vapor saturado do sistema de refrigeração,
quando o vapor e o líquido estão em equilíbrio.
Meça a temperatura do
refrigerante na superfície externa da canalização com uma precisão de ±
0,5°C, certificando-se de que o ponto de medição está adequadamente
isolado da atmosfera ambiente. Meça a pressão com uma precisão de ± 10
kPa (0,1 bar), conectando um manômetro a uma conexão apropriada a ser
fornecida pelo fabricante.
NOTA: os tipos de
refrigerantes utilizados nos tanques refrigeradores deverão estar de acordo
com a legislação brasileira de proteção ao meio ambiente.
20. Equipamento elétrico
Inspecione o equipamento elétrico
de forma geral, com a finalidade de garantir que não há nenhum defeito óbvio.
21. Ensaios de desempenho
21.1. Ensaios de refrigeração
21.1.1. Instrução geral
21.1.1.1. Posicione o tanque
de leite e a unidade de condensação em uma sala na qual a temperatura
ambiente (veja item 15.1) seja mantida continuamente à temperatura de
desempenho (TD) especificada.
21.1.1.2. Realize os testes
duas vezes.
21.1.1.3. Líquido a ser
refrigerado: "Água para teste" (veja item 4.27).
21.1.1.4. Enchimento:
meça a capacidade de refrigeração e a taxa de resfriamento diárias
utilizando um teste que represente a operação diária. O teste para
tanques de quatro ordenhas difere do teste para tanques de duas ordenhas
somente nas quantidades de "água para teste" que são
refrigeradas (25 ± 0,5% e 50 ± 0,5% do volume nominal, respectivamente).
21.1.1.5. Tempo de
enchimento: no máximo 10 min.
21.1.1.6. Temperatura
do "volume de água para teste" a ser adicionado: 35 ± 0,1°C.
21.1.1.7. Tão logo a
temperatura da "Água para teste" tenha sido reduzida para 4 ±
0,1°C, desligue a instalação de refrigeração.
21.1.1.8. Antes de fazer a
drenagem da "Água para teste", refrigere-a até a temperatura que
seja a média das temperaturas em que o termostato de leite liga e desliga,
com 100% de enchimento. Portanto, será necessário medir estas temperaturas
(veja item 17.1) durante ou antes dos testes de refrigeração.
21.1.1.9. Meça o consumo de
eletricidade usando um medidor de kw/h durante o primeiro e o segundo
ciclos.
21.1.1.10. Se a operação do
equipamento não for satisfatória, medições adicionais podem ser
realizadas com a finalidade de localizar a fonte do problema, por exemplo,
as pressões do refrigerante e a temperatura da água resfriada ao redor do
receptáculo interno, medindo as temperaturas de entrada e saída. O
fabricante deverá ser responsável pela correção de defeitos.
nota: para medições periódicas,
veja o item 15.6.
21.1.2. Sistemas de refrigeração
indireta
O procedimento de teste para
tanques com sistemas de refrigeração indireta leva em consideração
qualquer alteração na capacidade de refrigeração residual do meio de
resfriamento. Uma carga de aquecimento arbitrária, com a finalidade de
representar o efeito da limpeza do tanque, pode ser incluída neste teste
(veja item 21.1.2.9). Proceda da seguinte maneira:
21.1.2.1. Inicie sem banco de
gelo e com o reservatório de água refrigerada cheio até o nível
especificado.
21.1.2.2. Planeje os testes em
conformidade com a tabela abaixo:
Estágio
|
|
Tanque de duas
ordenhas
|
Tanque de quatro
ordenhas
|
Tempo
(h)
|
número do
"volume de água para teste"
|
Tempo
(h)
|
número do
"volume de água para teste"
|
Procedimentos preparatórios
|
Unidade de condensação
ligada
Adicione o
"volume de água para teste preliminar"
Drene o tanque e meça
a capacidade térmica do sistema de refrigeração (veja item
21.1.2.5)
|
-36
-12
-2
|
0
0
|
-36
-12
-2
|
0
0
|
Primeiro ciclo
|
Adicione o
"volume de água para teste"
Adicione o
"volume de água para teste"
Adicione o
"volume de água para teste"
Adicione o
"volume de água para teste"
Drene o tanque e meça
a capacidade térmica do sistema de refrigeração (veja item
21.1.2.5)
|
0
12
-
-
22
|
1
2
-
-
1 e 2
|
0
12
24
36
46
|
1
2
3
4
1 ... 4
|
Segundo ciclo
|
Adicione o
"volume de água para teste" e continue conforme disposto
acima
|
24
|
1
|
48
|
1
|
21.1.2.3. Trinta e seis
horas antes (-36 h) de adicionar o primeiro "volume de água para
teste" no tanque, ligue a unidade de condensação e deixe-a operando
em controle automático durante todos os testes de refrigeração. Registre
o período de operação com uma precisão de ± 2%.
21.1.2.4. Doze horas antes
(-12 h) adicione um "volume de água para teste" preliminar
("volume de água para teste" 0) ao tanque e refrigere-o com
controle automático do sistema de refrigeração do leite. Às -2 h, drene
este "volume de água para teste" e desligue o sistema de
refrigeração de leite.
21.1.2.5. Duas horas
antes (-2 h) e novamente às 22 h ou 46 h, determine a capacidade térmica
do sistema de refrigeração de leite com uma precisão de ± 2%. Com um
sistema de água refrigerada para o banco de gelo, isto pode ser feito através
da drenagem da água refrigerada e subtração de seu volume do volume
combinado de água e gelo que foi anteriormente determinado. Meça, com uma
precisão de 0,1°C, as temperaturas da água drenada e da mesma água
bombeada de volta para o sistema e calcule a perda de temperatura. Esta
perda será a correção necessária à capacidade térmica.
21.1.2.6. O inicio do
primeiro ciclo (0 h), adicione o primeiro "volume de água para
teste" e refrigere-o. Depois proceda com as demais adições, conforme
relacionadas no item 21.1.2.2.
21.1.2.7. Com exceção
do "volume de água para teste" 0 ("volume de água para
teste" preliminar), registre os tempos gastos para atingir as
temperaturas de 10,0 ± 0,1°C e 4,0 ± 0,1 °C. Desligue o sistema de
refrigeração do leite assim que a temperatura atingir 4,0°C. Depois de
desligado a 4,0 °C, o tanque deverá ter temperatura de ligamento, no máximo,
de 7,0 °C.
21.1.2.8. Se, depois da
refrigeração a 4,0°C, a temperatura do "volume de água para
teste" aumentar, reduza a mesma para 4,0 ± 0,1°C antes de adicionar o
próximo "volume de água para teste". Certifique-se de que a
temperatura nunca é superior a 4,2°C.
Se a temperatura da "água
para teste" cair a menos de 4°C, tal como pode ocorrer, por exemplo,
em tanques nos quais o corpo interno esteja em contato com o meio de
refrigeração, adicione o próximo "volume de água para teste"
sem elevar a temperatura para 4°C.
21.1.2.9. Se a unidade
de condensação estiver operando por um período superior a uma média de
11,0 h por ordenha, simule uma operação de limpeza primeiramente drenando
o tanque e depois "limpando-o" por 15 min, com um volume de água
a 45 ± 0,1°C, que é igual a 3,0 ± 0,5% do volume nominal. Calcule o
tempo extra de funcionamento da unidade de condensação a partir da queda
de temperatura da água de "limpeza", e a capacidade especificada
para a unidade de condensação.
21.1.2.10. No segundo teste,
refrigere o "volume de água para teste" de forma similar. Se os
primeiros "volumes de água para teste" tiverem sido adicionados
ao tanque em 24 h (tanque para duas ordenhas) ou 48 h (tanque para quatro
ordenhas) respectivamente, os procedimentos preparatórios (veja item
21.1.2.2) não precisam ser repetidos.
21.1.2.11. Quando os testes
à temperatura de desempenho (TD) estiverem concluídos, verifique o tamanho
do banco de gelo tão logo a temperatura final tenha sido determinada. Meça
a quantidade de gelo remanescente fazendo a drenagem da água refrigerada
residual e subtraindo-a da quantidade adicionada no início do teste (veja
item 21.1.2.1). Compare com as exigências do item 6.11.
21.1.2.12. Se houver indicações
de que um aumento ou redução excessivo no tamanho do banco de gelo pode
ocorrer durante um período mais longo de uso, realize um teste adicional
com uma operação prolongada.
21.1.2.13. Em tanques com
sistemas de refrigeração indireto, sem banco de gelo, os procedimentos
preparatórios podem ser simplificados.
21.1.3. Sistemas de refrigeração
direta
21.1.3.1. Antes de adicionar
o primeiro "volume de água para teste" ao tanque, mantenha a
temperatura ambiente à temperatura de desempenho (TD) por 24 h
imediatamente anteriores e durante todo o período de teste.
21.1.3.2. Imediatamente antes
de adicionar um novo "volume de água para teste", certifique-se
de que a temperatura da "água para teste" que já esteja no
tanque é 4,0°C.
21.1.3.3. Com a finalidade de
reduzir os custos com mão-de-obra, trabalhando em horário
"normal", o procedimento usual de refrigeração de sucessivos
"volumes de água para teste" a cada 12 h pode ser modificado.
Nestes casos, ao invés de medir diretamente o consumo total de eletricidade
usando um medidor de kW/h, este total pode ser deduzido somando os consumos
referentes aos seguintes períodos:
21.1.3.3.1. Tempos de
refrigeração
Use um medidor de
quilowatt/hora para medir o consumo de energia da instalação completa
durante o tempo de refrigeração para cada "volume de água para
teste".
21.1.3.3.2. Períodos entre
tempos de refrigeração
Calcule o período total
entre os tempos de refrigeração subtraindo o total dos tempos de refrigeração
do ciclo de refrigeração. Calcule a elevação de temperatura da "água
para teste" durante este período (total) usando a elevação média da
temperatura durante o teste de isolamento térmico (veja item 21.3). Calcule
o consumo de energia necessária para compensar 80% da elevação de
temperatura calculada acima quando da refrigeração de 100% do volume
nominal de "água para teste" usando a curva de refrigeração
(veja item 21.1.1) e, especialmente, aquela parte de 4°C da temperatura média
em que ocorre o liga/desliga.
nota - a necessidade deste
uso de eletricidade resulta da elevação da temperatura após a absorção
de calor dos arredores. O valor de 80% é escolhido, porque durante o ciclo
operacional, o tanque não está cheio a 100% de seu volume nominal o tempo
todo.
21.1.3.3.3. Refrigeração
abaixo de 4°C
Usando a curva de refrigeração
(veja item 21.1.1) para o último "volume de água para teste",
calcule apenas o consumo de energia necessária para refrigerar o volume
apropriado de 4,0°C para a média das temperaturas em que o termostato liga
e desliga (veja item 17.1), quando o tanque está cheio a 100% de seu volume
nominal. A temperatura média é a temperatura usual do leite quando
entregue.
Nota: o que foi disposto
acima se aplica somente ao último "volume de água para teste"
porque a energia consumida quando da refrigeração de um "volume de água
para teste" anterior abaixo de 4°C, é compensada pela refrigeração
do próximo "volume de água para teste".
21.1.3.3.4. Agitação periódica
Calcule a energia consumida
durante a agitação periódica a partir da entrada de energia do motor do
agitador e o tempo que o motor está funcionando, excluindo o tempo de
refrigeração.
21.2. Temperatura operacional
de segurança (TOS)
Para verificar se o
equipamento continua a funcionar à temperatura operacional de segurança
(TOS), refrigere um primeiro "volume de água para teste" de 50 ±
0,5% ou 25 ± 0,5% do volume nominal, conforme apropriado, de 35°C para 4°C,
usando o controle automático.
Em tanques com banco de gelo,
deixe que a formação de gelo perdure durante o teste.
21.3. Teste de isolamento térmico
21.3.1. Posicione o
tanque e, nos sistemas de refrigeração indireto, todas as partes do
sistema de refrigeração intermediária em uma sala na qual a temperatura
ambiente (veja item 15.1) seja mantida à temperatura de desempenho (TD)
especificada ± 1°C, por um período de, no mínimo, 12 h antes do início
do teste e durante todo o período de teste.
21.3.2. Encha o corpo
interno do tanque até seu volume nominal e, quando aplicável, o sistema de
refrigeração intermediária até o nível de trabalho normal, com água a
4,0 ± 0,5°C.
21.3.3. Faça com que o
conteúdo do corpo interno e, se aplicável, o sistema de refrigeração
intermediária fiquem à temperatura uniforme de 4,0 ± 0,5°C, medida com
uma precisão de ± 0,1°C. Coloque todas as tampas na posição e deixe o
equipamento descansando por 12 ± 0,1 h.
21.3.4. Durante este período
de 12 h, meça o ponto crítico de calor da "água para teste"
(veja item 4.31) em uma posição determinada pela estação de teste com
base em sua experiência. Faça, no mínimo, uma medição em um ponto que
seja distante, no máximo, 40 mm da saída.
21.3.5. Ao final do período
de teste de 12 h, faça com que a água no tanque fique em uma temperatura
uniforme medida com uma precisão de, pelo menos, 0,1°C e calcule a elevação
da temperatura média da água no tanque.
21.4. Armazenagem de leite
sob condições normais
Se um ponto crítico de calor
superior a 9°C for observado durante o teste de isolamento térmico (veja
item 21.3.4), verifique se o mesmo ainda está presente sob condições
operacionais normais à temperatura de desempenho (TD) especificada.
21.5. Congelamento do leite
21.5.1. Este teste pode ser
omitido se houver conhecimento, a partir da construção e/ou operação do
tanque, de que não haverá formação de gelo no leite.
21.5.2. O teste pode ser
realizado com o uso de água (veja item 21.5.2.1) ou leite cru (veja item
21.5.2.2). O teste com água está incluído porque é mais simples e mais
barato. Deve-se considerar que, se ocorrer congelamento, a operação
precisa ser repetida usando o leite para teste.
21.5.2.1. Em uma
temperatura ambiente de 5°C (veja item 15.1), encha o tanque com 10 ± 2%
de seu volume nominal com "água para teste" à temperatura de 35
± 1°C e dê início a refrigeração. Tão logo a refrigeração seja
interrompida pela operação de controle da temperatura do leite, drene a
"água para teste" do tanque e, ao mesmo tempo, verifique a presença
de gelo por meio de uma régua ou outro método. Tome nota das áreas em que
houve formação de gelo e depois derreta-o. Repita o teste se não houver
formação de gelo.
21.5.2.2. Se houver formação
de gelo durante o teste do item 21.5.2.1, repita o teste usando leite ao invés
de "água para teste". O gelo se forma mais lentamente no leite do
que na água.
21.5.2.3. Se houver indicações
de que pode haver formação de gelo a uma temperatura ambiente superior
e/ou com maior quantidade de leite no tanque, repita o teste a esta
temperatura ambiente e/ou com esta quantidade de leite. Por exemplo: se o
equipamento tiver um controle destinado a reduzir a capacidade de refrigeração
a uma determinada temperatura ambiente, repita o teste em uma temperatura
ambiente um pouco superior àquela em que o controle é ajustado para
operar.
21.6. Agitação do leite
21.6.1. Exame visual da agitação
Observe o efeito da agitação
e tome nota do enchimento mínimo do tanque, necessário para garantir a
movimentação do líquido.
21.6.2. Testes da mistura do
leite
21.6.2.1. Leite a ser usado
Para os testes de mistura do
leite, use o leite que satisfaça o seguinte:
a) Um conteúdo de
gordura tal que o conteúdo médio de gordura da mistura final seja conforme
indicado na placa de identificação ± 0,2% ou, caso não haja este tipo de
indicação, 4,0 ± 0,2%.
b) Entre 20% e 35% do leite não
tenha mais que 5 h no início do período de armazenagem de 6 h (veja item
21.6.2.2).
Se esta exigência não puder
ser satisfeita, verifique se uma "camada de nata" pode ser formada
como se segue:
encha um cilindro
adequado com uma amostra representativa do leite até uma altura de 300 ±
50 mm e deixe-o descansar por 6 h a 4°C com a finalidade de permitir que a
gordura se separe. Um leite adequado terá um conteúdo de gordura na camada
superior, no mínimo, três vezes aquele conteúdo de gordura do leite
misturado e um conteúdo de gordura na camada inferior de, no máximo, 65%
do conteúdo de gordura do leite misturado (veja item 21.6.2.3).
Refrigere o leite a 5°C em
um tanque de 2 ordenhas ou a 4°C em um tanque de 4 ordenhas (veja item
11.4).
21.6.2.2. Armazenagem e agitação
21.6.2.2.1. Em tanques
destinados à amostragem sem agitação extra e:
a) equipados para agitação
contínua, armazene o leite por um período de 6 h;
b) equipados para agitação
periódica, armazene o leite por um período de 5 a 7 h e até, no máximo,
5 min antes do início normal da agitação, com a finalidade de evitar que
o agitador comece a funcionar como resultado de uma elevação na
temperatura do leite, desligue o controle de temperatura do leite.
Então retire a amostra (veja
item 21.6.2.3).
21.6.2.2.2. Em tanques
equipados para agitação contínua, mas não destinados à amostragem sem
agitação extra, armazene o leite com agitação contínua por 6 h. Depois
agite por mais 120 ± 2,4 s e retire a amostra (veja item 21.6.2.3).
21.6.2.2.3. Em tanques
equipados para agitação periódica, mas não destinados à amostragem sem
agitação extra, desligue o controle de temperatura do leite e armazene o
leite com agitação periódica por um período de 5 a 7 h e até, no máximo,
5 min antes do início normal da agitação. Depois agite por mais 120 ±
2,4 s e retire a amostra (veja item 21.6.2.3).
21.6.2.2.4. Em tanques
não equipados para agitação contínua ou periódica entre os períodos de
refrigeração, armazene o leite sem agitação por 6 h. Depois agite por
mais 120 ± 2,4 s e retire a amostra (veja item 21.6.2.3).
21.6.2.3. Amostragem
Ao final do período de
armazenagem, desligue o agitador e, imediatamente, retire a amostra de leite
como se segue e na ordem apresentada:
a) No mínimo, duas amostras
de diferentes pontos da camada superior de leite. Pelo menos 90% de cada
amostra deverá ser tirado dos primeiros 20 mm da camada superior do leite
ou nata;
b) Uma amostra de qualquer
resíduo local observado de uma camada de nata;
c) No mínimo, duas amostras
de diferentes pontos no fundo do tanque. Pelo menos 90% de cada amostra
deverá ser tirado do leite presente em, no máximo, 50 mm do fundo do corpo
interno.
Determine o conteúdo
de gordura das amostras com uma precisão de ± 0,05% de gordura.
21.6.2.4. Enchimento do
tanque
Realize o teste com 100
± 0,2% e 10 ± 0,2% do volume nominal do tanque. Se houver indicações de
uma mistura incompleta com um enchimento a 10% e 100% do volume nominal, faça
o teste do tanque também com estes volumes de enchimento.
22. Relatório de ensaios
22.1. Instrução geral
O relatório de ensaios deverá
incluir o seguinte:
a) nome e endereço do
requerente do teste (por exemplo, fabricante, comprador, agente, etc.);
b) razão social e nome
comercial do fabricante;
c) tipo e número de série;
d) classe (s) de desempenho;
e) descrição do modelo do
tanque;
f) dimensões gerais do
tanque, incluindo o agitador e a unidade de condensação, se forem
separados;
g) informação técnica
apropriada e nomes comerciais ou razões sociais dos fabricantes das peças
componentes principais no que diz respeito a materiais, construção e
dimensões, bem como meios para identificação de componentes separados;
h) tipo e carga de
refrigerante usado nos testes;
i) tipo e volume do
refrigerante intermediário em litros (se aplicável);
j) material e método de
isolamento térmico;
k) informação nominal para
cada motor elétrico;
l) indicação de qualquer método
de ensaio utilizado e não coberto por este Regulamento Técnico Nacional;
m) data e duração do teste;
n) desempenho médio de
refrigeração em quilocalorias por hora ou em quilowatts para cada ciclo de
refrigeração;
o) uma lista de conclusões
quando da verificação do tanque contra as exigências especificadas na seção
dois deste Regulamento Técnico Nacional;
p) nome (s) e endereço (s)
da estação (ões) de teste que realizou (aram) o teste.
22.2. Informações técnicas
A lista de informações técnicas
deverá mostrar a fonte de informação, isto é, fornecida pelo fabricante
ou pelo requerente ou obtida por meio de medição.
22.3. Publicação
O relatório de ensaio deverá
especificar que: "Nenhum extrato ou versão abreviada deste regulamento
será publicado sem a aprovação da autoridade de ensaios".
ANEXO II
RESUMO DO RELATÓRIO DE
ENSAIOS EM UM TANQUE REFRIGERADO PARA LEITE A GRANEL, TESTADO EM
CONFORMIDADE COM O REGULAMENTO TÉCNICO PARA FABRICAÇÃO, FUNCIONAMENTO E
ENSAIOS DE EFICIÊNCIA DE TANQUES REFRIGERADORES DE LEITE A GRANEL
Fabricante:
Nome comercial:
Tipo e número de série:
Volume nominal: litros
Volume máximo: litros
Tanque para: ordenhas
Sistema de refrigeração
direto/indireto:
Tanque atmosférico/a vácuo:
Dados técnicos
Unidade de condensação
Fabricante (s) ou nome (s)
comercial (is):
Tipo e número de série:
Capacidade:
Posição da unidade de
condensação em relação ao tanque:
Tipo e carga do refrigerante:
Corpo do Tanque
Fabricante (s) ou nome (s)
comercial (is):
Modelo:
Material do corpo interno:
Material do corpo externo:
Dimensões:
- comprimento externo máximo:
mm
- largura externa máxima: mm
- altura máxima, tampas
abertas: mm
- altura da borda superior do
corpo interno: mm
Agitador (es)
Fabricante (s) ou nome (s)
comercial (ais) :
Número e tipo:
Número de pás por agitador:
Comprimento das pás: mm
Velocidade: r/min
Agitação contínua/periódica:
min a cada horas
Nome ou nome comercial do
fabricante e tipo de:
- Válvula de expansão:
- Controlador de temperatura
do leite:
- Controlador do banco de
gelo:
- Bomba de água refrigerada:
Tipo e quantidade de
refrigerante intermediário em litros (se aplicável):
Limpeza manual/equipamento
automático:
Tensão de abastecimento: V;
freqüência: Hz; entrada elétrica nominal: kW
Resultados
Tempos de refrigeração a 4°C,
após enchimento com
"água para teste" a
35°C até o volume nominal:
Número do teste
|
Temperatura ambiente
°C
|
Tempo de refrigeração
(horas)
|
1o vol. de água para
teste
|
2o vol. de água para
teste
|
3o vol. de água para
teste
|
4o vol. de água para
teste
|
1o + 2o "volumes
de água para teste"
10°C a 4°C
|
1
2
3
4
5
6
|
|
|
|
|
|
|
Consumo de energia específica:
Wh/litro de "água para teste"
Congelamento de leite com
enchimento a 10% do volume nominal não ocorre/ocorre
A elevação da temperatura
do volume nominal durante o teste de isolamento por 12 h em temperatura
ambiente de °C foi de °C.
A temperatura máxima do
leite durante a armazenagem (ponto crítico de calor) foi acima/abaixo de 9°C.
Agitação:
- a mistura efetiva do leite
foi obtida com, % do volume nominal;
- a capacidade de mistura foi
insatisfatória com % do volume nominal;
- observações adicionais
referentes à agitação:
Resultados dos testes de
limpeza (se aplicável): satisfatórios/insatisfatórios
Observações adicionais:
Nome (s) e endereço (s) da
(s) estação (ões) de teste:
Nome e endereço do
requerente do teste:
É PROIBIDO:
- Tanques refrigeradores que
tenham, como sistema de refrigeração, o sistema de serpentinas;
- Utilizar equipamentos
abrasivos para a limpeza que danifiquem ou arranhem o corpo interno do
tanque;
- Entrar no tanque
refrigerador para realizar a limpeza do mesmo.
ESTE TEXTO NÃO
SUBSTITUI O PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18/08/2002