Projeto para Frigoríficos Diversos para Pescado

Frigoríficos para Pescado

Existe um debate que trata sobre o peixe, alguns o consideram carne e outros não, depende da definição que se adote, se científica, religiosa ou alguma outra. O dicionário define carne como todo animal usado com fins alimentares.
Algumas religiões consideram o peixe um tipo de carne, outras não. Os muçulmanos, por exemplo, deixam carne em uma categoria e peixe em outra, para essa religião, o abate deve seguir algumas regras a fim de fornecer um produto Halal, para os peixes, basta ter escamas que podem ser consumidos sem nenhuma particularidade. Peixes com escama são automaticamente Halal. Os judeus também diferenciam carne e peixe, inclusive não permitem o consumo de carne e peixe simultaneamente. Para os cristãos, não existe essa proibição de consumo de peixe ou carne, a bíblia quase não apresenta diferenciação, entretanto, na sexta-feira santa, consome-se o peixe e a carne é evitada.
Para a maioria da população, peixe é considerado carne. A pirâmide alimentar, publicada pela primeira vez em 1974 na Suécia colocava carnes e peixes na mesma categoria e isso vem se repetindo em todas as atualizações dessa pirâmide. Aos olhos da ciência, o peixe é um animal como outro qualquer, assim, a ciência considera o peixe um tipo de carne, pois apresentam boa quantidade de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. A carne nada mais é do que tecido muscular de um animal (cerca de 74%), além de 21% de água e 5% de gordura. O peixe é bastante rico em quantidade de proteínas, já que a parte que usualmente se consome é composta do músculo que o animal utiliza para nadar. Os músculos são compostos de fibras (feixe de células), as células dessas fibras são compostas basicamente de 2 proteínas: miosina e actina. Assim como a carne de frango é chamada usualmente somente de frango, a carne de peixe também é chamada somente de peixe.
Notadamente, o peixe é um dos alimentos mais ricos nutricionalmente, contém altos índices de proteína, minerais e vitaminas, como por exemplo, a vitamina D e iodo. As espécies com maior teor de gordura, muitas vezes, são as mais saudáveis, já que possuem muitos nutrientes solúveis em gorduras, dentre essas espécies podemos citar os tão conhecidos e apreciados salmão e atum, as trutas e as sardinhas. Os ácidos graxos como o ômega-3, importantíssimos para a saúde do cérebro e dos olhos, também são amplamente encontrados nessas espécies. Recomenda-se a ingestão ao menos duas vezes por semana. A ingestão regular de peixe pode auxiliar na prevenção de doenças cardíacas, como enfarto e derrame, que são a maior causa de morte precoce em todo o mundo.
Uma das maiores preocupações no consumo de peixe é a questão do mercúrio, que pode se acumular em alguns animais e ser ingerido pelo ser humano. O mercúrio está presente em água contaminada e sem condições apropriadas de criação, daí a importância de se saber de onde vem o alimento que se está consumindo, saber qual é a procedência e certificação de qualidade do produto é indispensável para uma alimentação saudável.
A ingestão de peixe é tão importante, que estudos apontam que indivíduos que comem peixe ao menos uma vez por semana, têm mais massa cinzenta nas regiões ligadas à memória e emoções, além de terem menor declínio na capacidade mental ao longo da vida e de sofrerem menos com doenças degenerativas do cérebro como o Alzheimer.