Como seria o processo básico de fabricação das Placas  Fotovoltaicas em pequena e grande escala? Os processos de fabricação variam  conforme a quantidade a ser fabricada?
              
                
                
              A fabricação de placas fotovoltaicas, seja em pequena ou  grande escala, envolve processos complexos e altamente técnicos, sendo que  alguns processos são comuns a ambas as escalas, enquanto outros variam conforme  o volume e a infraestrutura da produção.
              
Etapas Básicas do Processo de Fabricação de Placas  Fotovoltaicas:
              1.            Produção  de Silício:
              o             Purificação:  Para a fabricação das células fotovoltaicas, utiliza-se silício de alta pureza.  Ele é submetido a um processo de purificação, geralmente por fusão em fornos,  resultando em silício de grau solar.
              o             Cristalização:  O silício purificado é cristalizado para formar blocos ou lingotes. Pode ser  monocristalino (com maior eficiência, mas mais caro) ou policristalino (com  eficiência um pouco menor, mas mais acessível).
              2.            Corte dos  Lingotes em Lâminas:
              o             Os  lingotes de silício são cortados em lâminas muito finas chamadas de “wafers”  usando serras de fio de diamante. Este processo requer alta precisão e máquinas  específicas para garantir espessuras uniformes e minimizar perdas de material.
              3.            Tratamento  e Dopagem:
              o             Texturização:  As lâminas passam por um processo químico de texturização que cria uma  superfície áspera para melhor captação de luz.
              o             Dopagem:  As células são dopadas (geralmente com fósforo e boro) para formar uma junção  semicondutora do tipo PN, necessária para a criação do efeito fotovoltaico.  Esse processo permite que a célula fotovoltaica converta luz solar em  eletricidade ao gerar uma diferença de potencial elétrico.
              4.            Aplicação  de Camadas Antirreflexo:
              o             Uma  camada de óxido de silício ou de nitreto de silício é aplicada sobre a célula  para reduzir a reflexão da luz, maximizando a absorção da radiação solar.
              5.            Metais de  Contato:
              o             Uma fina  camada de metal (geralmente prata) é aplicada sobre as células para formar  contatos elétricos. Isso permite que a eletricidade gerada na célula seja  coletada. Os contatos são feitos em formato de grade para minimizar a obstrução  da luz.
              6.            Montagem  dos Módulos:
              o             As  células são conectadas em série ou em paralelo e encapsuladas em um módulo para  proteção contra condições climáticas. Esse encapsulamento inclui uma camada de  vidro temperado na frente e uma camada de polímero EVA (acetato-vinil-etileno)  na parte traseira, além de uma moldura de alumínio para estabilidade  estrutural.
              7.            Teste e  Inspeção:
              o             Os  módulos são submetidos a testes de eficiência e qualidade, verificando a  resistência e a performance elétrica para garantir conformidade com os padrões  de qualidade.
              Diferenças entre Pequena e Grande Escala
              •             Automação  e Maquinário: Em grandes instalações de fabricação, o processo é amplamente  automatizado, utilizando linhas de montagem e equipamentos de última geração  para aumentar a eficiência e reduzir o custo por unidade. Em pequenas  produções, mais processos podem ser realizados manualmente ou com máquinas  menores, adaptando a produção conforme o capital disponível.
              •             Eficiência  e Controle de Qualidade: Em grande escala, o controle de qualidade é mais  rigoroso e os testes são realizados automaticamente para garantir consistência  e certificação dos produtos. Em pequena escala, o controle de qualidade pode  ser mais simples e menos intensivo, podendo ser suficiente para atender  demandas locais e específicas, mas talvez não para certificações  internacionais.
              •             Custos e  Escala de Produção: A fabricação em grande escala permite a obtenção de  matérias-primas em maior quantidade, reduzindo o custo unitário dos materiais e  processos. Pequenas produções podem ter custos mais altos por placa,  especialmente nos processos que envolvem materiais caros, como a prata.
              Em resumo, as etapas básicas são similares, mas a escala de  fabricação determina o nível de automação, o volume e a eficiência de produção,  bem como os custos. Produções em grande escala conseguem reduzir os preços e  aumentar a uniformidade das placas fotovoltaicas, enquanto produções menores  podem ser mais flexíveis para atender nichos específicos.
                
                
                
                
              
              Quais são os principais testes de controle de qualidade que  devem ser feitos na fabricação dessas placas?
              O controle de qualidade das placas fotovoltaicas é essencial  para garantir sua eficiência, durabilidade e conformidade com os padrões de  mercado e segurança. Os principais testes realizados incluem:
              1.            Teste de  Eficiência e Potência (Flash Test):
              o             Este  teste verifica a potência elétrica real das células ou módulos fotovoltaicos  sob condições padrão (STC - Standard Test Conditions), com luz solar simulada  de 1000 W/m², temperatura de 25°C e um espectro de radiação específico.  Avalia-se se a potência gerada está de acordo com a nominal especificada pelo  fabricante.
              2.            Teste de  Desempenho em Condições Extremas:
              o             As placas  são submetidas a variações extremas de temperatura e umidade para verificar  como se comportam em condições adversas. Temperaturas geralmente variam entre  -40°C e +85°C, enquanto os níveis de umidade simulam até 85% de umidade  relativa. Esse teste garante que a placa suporte as flutuações climáticas  comuns.
              3.            Teste de  Ciclo Térmico:
              o             Simula a  exposição a ciclos de aquecimento e resfriamento para observar se ocorrem  microfissuras, delaminações ou outras falhas estruturais. Isso é importante  para garantir a durabilidade das placas em regiões de climas instáveis.
              4.            Teste de  Umidade e Congelamento (Humidity Freeze Test):
              o             Esse  teste expõe as placas a ciclos de alta umidade (até 85%) e congelamento,  avaliando sua resistência a possíveis infiltrações e os efeitos das condições  climáticas adversas na estrutura interna do módulo.
              5.            Teste de  Exposição UV:
              o             Simula a  exposição a longo prazo aos raios ultravioleta (UV) para assegurar que as  camadas de encapsulamento e os materiais externos não degradem com o tempo,  mantendo a eficiência do módulo ao longo dos anos.
              6.            Teste de  Carga Mecânica:
              o             Avalia a  resistência estrutural da placa contra cargas de peso, como neve, e contra  pressão de ventos fortes. Normalmente, a placa é testada para suportar uma  carga de até 5.400 Pa para neve e cerca de 2.400 Pa para vento.
              7.            Teste de  Resistência à Corrosão (Sal Spray Test):
              o             Em  regiões litorâneas, a alta salinidade do ar pode corroer componentes da placa,  principalmente os contatos metálicos. Este teste expõe as placas a uma névoa  salina para garantir que resistam a esse ambiente corrosivo.
              8.            Teste de  Arco Elétrico:
              o             Avalia a  segurança elétrica do módulo em caso de falha no isolamento ou nas conexões  internas, que poderiam causar um arco elétrico. Este teste garante que o módulo  não apresente risco de incêndio.
              9.            Teste de  Isolamento Elétrico e Resistência a Descargas (Insulation Resistance Test):
              o             Verifica  o isolamento elétrico do módulo para garantir que ele suporte tensões elevadas  sem riscos de fuga elétrica, assegurando a segurança do módulo e dos usuários.
              10.          Teste de  Impacto (Hail Test):
              o             O teste  simula o impacto de granizo no módulo para avaliar a resistência do vidro  temperado e da estrutura de proteção. Pequenas bolas de gelo são lançadas a uma  velocidade controlada para observar se o módulo resiste sem apresentar  fissuras.
              Esses testes são fundamentais para certificar as placas  fotovoltaicas segundo padrões internacionais de qualidade, como IEC 61215, IEC  61730, e UL 1703. Garantem que as placas funcionem de maneira confiável e  segura durante a vida útil estimada, normalmente em torno de 25 anos ou mais.
               
               
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